Durante a pandemia de Covid-19, as ferramentas tecnológicas foram necessárias para viabilizar o ensino. A transformação digital na educação, que antes já era uma grande tendência, tornou-se definitiva. Por isso, a sala de aula do futuro terá a tecnologia como palavra-chave.
Porém, mais do que implementar recursos digitais, a escola precisa se adaptar a uma série de mudanças metodológicas e pedagógicas que andam juntas com essa transformação. As formas de interação mudaram: devido às restrições de contato presencial, houve um resgate da criatividade e um estímulo muito maior ao protagonismo dos alunos.
Quer entender melhor essas mudanças? Então, continue a leitura deste texto!
O impacto da pandemia nas salas de aula
A pandemia de Covid-19 foi um dos maiores desafios sanitários e humanitários deste século. Seus impactos foram de larga escala em diversos setores da sociedade, inclusive na educação. Com as medidas de distanciamento social e instituições de ensino fechadas, o contexto demandou estratégias para que não houvesse tantas perdas na aprendizagem.
Assim, houve uma grande abertura para a inovação e a mudança, sobretudo para lidar com a ausência presencial do professor. É aí que a tecnologia ganhou papel central. Por meio de recursos digitais, as interações humanas foram mantidas e até mesmo ampliadas.
Mesmo com os desafios das aulas a distância em caráter emergencial, o contexto da pandemia impulsionou transformações que já estavam em andamento. O mundo foi ainda mais guiado para a automação e para o digital. Além disso, o educador se colocou mais como um orientador de alunos com potencial para aprenderem de forma ativa e colaborativa.
Todas essas características contribuem para a consolidação da chamada educação 5.0, o novo paradigma que tem como pilares o uso estratégico da tecnologia disruptiva e, sobretudo, o foco no desenvolvimento integral dos alunos a partir de habilidades socioemocionais.
A sala de aula do futuro pós-pandemia
Na sequência, veja alguns dos traços mais marcantes da educação nesse contexto de pós-pandemia!
Adoção definitiva do ensino híbrido
O ensino híbrido mescla o presencial com o virtual, sendo que os recursos digitais são utilizados para complementar e reforçar aquilo que é visto em sala de aula. Assim, o processo de ensino se torna dinâmico e crianças e adolescentes têm uma aprendizagem mais significativa.
Afinal, considerando que o perfil de aluno hoje é o nativo digital — ou seja, indivíduo que está cercado por recursos e ferramentas digitais desde que nasceu —, o modelo tradicional e expositivo das aulas não consegue ser tão efetivo. Estendendo a interação tecnológica para o ambiente escolar, há uma aproximação entre a vivência acadêmica e a realidade social dos estudantes.
Alguns exemplos de ferramentas utilizadas no ensino híbrido são plataformas digitais, laboratórios online e aulas por videochamada. O ensino híbrido também permite a implementação de metodologias ativas, como a sala de aula invertida — quando os alunos têm um contato prévio com o conteúdo por meio digital para, em seguida, discutir o tema com os colegas e o professor.
Uso de recursos digitais e metodologias ativas
Como dito, o ensino híbrido é sinônimo de adoção de recursos digitais como ferramentas complementares para o processo de ensino e aprendizagem, além de possibilitar o uso das metodologias ativas. Assim, a sala de aula do futuro conta com:
- games — o uso da lógica dos jogos para explicar o conteúdo é uma das grandes tendências educacionais. Na chamada gamificação, os alunos aprendem de uma forma leve, divertida e dinâmica;
- realidade virtual — a tecnologia da realidade virtual possibilita a eliminação de limitações geográficas. Os alunos podem visitar museus e regiões remotas do mundo, por exemplo, em experiências completamente imersivas;
- livros digitais — os e-books favorecem a flexibilidade nos estudos, já que os alunos podem acessá-los a qualquer momento e em diversos dispositivos. Além disso, há uma significativa redução no uso de papel, o que contribui para minimizar impactos ambientais.
Novas perspectivas sobre o papel do educador
Além da implementação massiva de ferramentas tecnológicas, a maior mudança observada na educação após a pandemia é na abordagem de ensino. Com o distanciamento social e as medidas escolares emergenciais, mais do que nunca o papel do educador é visto como fundamental para o sucesso da aprendizagem.
Porém, não mais como um repassador de conteúdo, e sim como um grande incentivador da autonomia e da responsabilidade dos estudantes. Os professores instigam, incentivam e orientam as descobertas dos alunos, já que, com as tecnologias digitais, os processos de ensino-aprendizagem são cada vez mais horizontais.
Aprendizagem mais personalizada
Com a transformação digital, os dados se tornam protagonistas. Isso vale para qualquer setor da sociedade, inclusive para a educação. Todas as interações que se dão no meio virtual geram uma infinidade de informações que são úteis para personalizar cada vez mais o ensino.
Com ferramentas de análise de dados em plataformas digitais, por exemplo, é possível perceber o engajamento dos alunos, entender quais são os pontos de dificuldade, descobrir o que funciona melhor em determinado conteúdo etc. Com isso, os educadores e gestores podem pensar em soluções precisas para tornar o aprendizado cada vez mais significativo.
Maior atenção à educação socioemocional
Outra grande tendência para a sala de aula do futuro é o desenvolvimento de competências socioemocionais. Essa preocupação vai ao encontro de demandas impulsionadas pela pandemia, como a necessidade de ter mais resiliência, adaptabilidade, colaboração e empatia.
Além de terem sido fundamentais no enfrentamento dos desafios da pandemia, as competências socioemocionais são cada vez mais requeridas no mundo do trabalho, em que são chamadas de soft skills — um profissional com traços comportamentais aderentes à realidade contemporânea tem muito mais destaque.
Mais do que preparar os alunos para a vida profissional mais tarde, desenvolver o socioemocional de crianças e adolescentes hoje é colaborar com a formação de uma sociedade mais justa, crítica, sustentável e solidária. Por isso, e levando em conta a função social da escola, a educação socioemocional faz parte do desenvolvimento integral, humano, global e pleno das crianças e jovens.
Diante desta leitura, você viu que a sala de aula do futuro está sintonizada com os novos desafios da sociedade. Impulsionada pela pandemia de Covid-19, a transformação digital é uma tendência definitiva, que anda lado a lado com a educação socioemocional.
Então, conheça o Programa Pleno e saiba como ele contribui com o desenvolvimento integral dos alunos!