A metodologia educacional faz toda a diferença no processo de ensino-aprendizagem. É por isso que, para os gestores, a opção de escolha deve estar alinhada aos propósitos pedagógicos da instituição.
Existem diversas linhas que podem ser empregadas para atingir os objetivos educacionais. Por exemplo, a metodologia tradicional, ainda presente em escolas mais conservadoras ou a construtivista, que coloca o aluno como protagonista em seus processos de aprendizagem.
Quer entender melhor essas diferenças e como escolher a metodologia ideal para a sua escola? Então, continue a leitura!
O que é uma metodologia educacional e qual é a relevância desse conceito?
A metodologia de ensino é o direcionamento do processo de aprendizagem em busca de um objetivo educacional. Ela compreende as ferramentas e ações utilizadas, além do entendimento sobre os papéis dos professores e dos alunos nesse processo.
Desse modo, a metodologia empregada pela escola faz toda a diferença no planejamento pedagógico: é ela que vai nortear as escolhas dos gestores e da equipe docente para o ano letivo. Isso vai desde a forma como as aulas são conduzidas, passando pela infraestrutura física e chegando às formas de avaliação adotadas.
Esse conceito se relaciona até mesmo com a contratação de professores. Afinal, para colocar determinada metodologia em prática, é fundamental que os profissionais estejam alinhados às suas bases teóricas e princípios. Então, trata-se de uma escolha que impacta todo o trabalho da instituição de ensino, logo, deve receber bastante atenção.
Quais são as principais metodologias educacionais?
Existem muitos modelos pedagógicos praticados ao redor do mundo. No Brasil, algumas linhas se destacam: a tradicional, a montessoriana, a freiriana e a construtivista. Veja as principais características de cada uma aqui abaixo!
Tradicional
Essa é a metodologia de ensino mais presente no Brasil, embora já não seja a opção mais indicada no novo paradigma da Educação 5.0. Isso porque o protagonismo estudantil é bastante reduzido, ficando à cargo do aluno basicamente assimilar conteúdos de forma passiva.
Nela, os professores são compreendidos como detentores do conhecimento, portanto, devem transmitir informações, geralmente por meio da exposição oral, além da prática de leitura e de exercícios. Desse modo, a fixação dos conteúdos se dá por repetição e memorização de conceitos e fórmulas.
Além disso, a organização das turmas se dá por séries de acordo com a idade ou o nível de aprendizado dos alunos — que é medido por meio de avaliações formativas, isto é, aquelas que têm por objetivo avaliar se o conteúdo foi absorvido de forma bem-sucedida, com resultados como reprovação ou aprovação.
Montessoriana
O método montessoriano tem como princípio a compreensão da individualidade de cada criança, com foco no desenvolvimento de autonomia. Concebida pela médica e educadora Maria Montessori, essa metodologia defende que a melhor maneira de aprender é por meio da observação e da experiência prática.
Desse modo, o papel do educador não é o de transmitir conteúdos, mas sim o de propor atividades sensoriais e motoras que proporcionem experiências e de remover obstáculos de aprendizagem. As salas de aula são repletas de materiais de estímulo para que os pequenos possam aprender brincando.
Além disso, as avaliações de aprendizado geralmente não são encaradas como a etapa final do processo, mas, sim, realizadas a partir da observação do desempenho dos alunos de forma global e contínua. Em geral, o método montessoriano é mais aplicado na educação infantil.
Freiriana
A abordagem freiriana é baseada nos conceitos elaborados pelo educador Paulo Freire. Nela, o repertório sociocultural do aluno é decisivo para a condução das aulas, pois se entende que a melhor maneira de assimilar um conteúdo é por meio da aproximação com as experiências de vida de cada um.
Desse modo, o educador precisa ouvir e entender seus alunos, ajudando-os a ganhar confiança e compreender melhor o mundo por meio do conhecimento, isto é, a desenvolver uma consciência crítica. O objetivo é, portanto, utilizar a educação como uma forma de emancipação social, cultural e humana.
Apesar de ser aplicada em qualquer nível de ensino, a abordagem freiriana surgiu como resposta às necessidades da alfabetização de jovens e adultos, público ao qual Paulo Freire mais se dedicou.
Construtivista
A metodologia construtivista é uma das mais alinhadas às tendências da educação, pois coloca o aluno como protagonista de seu aprendizado. Como o nome indica, acredita-se que o estudante não absorve o conhecimento, mas sim o constrói de forma ativa — ou seja, a escola ensina “como aprender”.
Os professores são vistos, então, como mediadores desse processo: cabe a eles apresentar materiais e propor problemas para que os alunos, de forma autônoma, possam refletir, levantar hipóteses e explorar conceitos. Nessa linha pedagógica, são utilizados os chamados métodos ativos de aprendizagem, como:
- desafios;
- sala de aula invertida;
- gamificação (ou aprendizagem baseada em jogos);
- debates;
- experiências “mão na massa” na chamada cultura maker;
- projetos em grupo, entre outros.
As avaliações também não são vistas como “testes de conhecimento”, mas, sim, como um instrumento para acompanhar a aprendizagem — são aplicadas, sobretudo, avaliações diagnósticas.
Como escolher a metodologia de ensino ideal?
Como você viu, as metodologias adotadas servem de norte para todo o trabalho educacional, por isso, elas precisam estar alinhadas aos princípios e objetivos da instituição de ensino.
Pode-se até mesmo combinar duas ou mais linhas pedagógicas, desde que elas sejam complementares. Por exemplo, os princípios da abordagem freiriana podem conviver bem com os métodos construtivistas, já que o aluno tem protagonismo em ambas as linhas.
Para os gestores, vale a pena refletir sobre o alinhamento da metodologia com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, além de envolver os coordenadores e docentes nessa reflexão.
Diante desta leitura, você já sabe a importância da metodologia educacional e conhece as particularidades de algumas das mais praticadas no Brasil. Para a escola, é fundamental escolher as linhas e perspectivas pedagógicas alinhadas aos seus propósitos, além de sempre buscar a inovação para melhorar o desempenho dos pequenos.
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