Você sabe definir com precisão a diferença entre emoção e sentimento? Entender o que ambos significam promove a criação de uma base para desenvolver inteligência emocional.
Apesar de usados como sinônimos, esses conceitos representam processos mentais distintos, ainda que relacionados, envolvidos diretamente nas decisões e reações humanas. Por isso, ter habilidade para lidar com eles é tão importante.
Confira a seguir como diferenciá-los, e muito mais, neste conteúdo!
O que é emoção?
O conceito de emoção abrange todas as reações instintivas do cérebro a estímulos externos recebidos. Assim, trata-se de uma resposta tanto neural quanto motora autônoma que não passa pelo pensamento para existir.
Na prática, seu desenvolvimento ocorre em etapas: sentir, decodificar expressando verbalmente e reagir fisicamente.
Nesse desenrolar, algumas emoções geram motivação ou valência positiva, que se efetivam por meio de comportamentos de aproximação. Já seu oposto implica buscar o afastamento em razão de sensações desagradáveis.
Em todo esse processo, não há uma análise antes de sentir, legando ao momento posterior sua interpretação. Veja quais são os tipos de emoções:
Tipos de emoções
A classificação das emoções ocorre de acordo com o nível de consciência em que atuam e quão identificáveis são, tanto em relação a quem as sente quanto a quem está ao redor. Assim, seus tipos são:
- primárias: facilmente perceptíveis por aqueles ao redor — como nojo, surpresa, alegria;
- secundárias: menos visíveis, mas não passando completamente desapercebidas — ciúme, culpa, admiração;
- de fundo: difíceis de detectar e identificar — tensão, angústia, calma, por exemplo.
O que é sentimento?
Podemos explicar esse conceito como o elemento que completa a experiência emocional, envolvendo em um alto grau o componente cognitivo para exprimir a disposição mental frente a uma emoção. Desse modo, é um processo mais profundo, portanto, menos transparente, que ocorre no cérebro. Confira alguns exemplos!
Exemplos de sentimentos
Enquanto emoções são instintivas, sentimentos perpassam o pensamento e o processo cognitivo mental de elaboração para se estabelecer. Assim, são muito mais complexos e profundos, incluindo:
- tristeza e felicidade;
- amor e ódio;
- compaixão e decepção.
Qual é a relação e a diferença entre emoção e sentimento?
No comparativo entre definições, já se percebe a diferença entre emoção e sentimento, não é mesmo?
Vamos retomar?
Basicamente, o sentimento depende de uma construção mental complexa para existir, enquanto a emoção é completamente involuntária e imediata.
Ou seja, emocionar-se é um processo desprovido da necessidade de haver um esforço cognitivo. Por outro lado, a base para sentir inclui a ativação de recursos, como memória, valores sociais e pessoais, raciocínio, imaginação e elaboração.
Além disso, em última análise, também é possível notar que há uma relação prática entre eles, certo? Afinal, são as emoções que desencadeiam os sentimentos que, por sua vez, podem gerar outras reações emocionais. Assim, se cria um ciclo psicológico em que um origina o outro.
Como ajudar no desenvolvimento da inteligência emocional nos filhos?
Analisando o conceito, a relação, ou mesmo a diferença entre emoção e sentimento, muitos pais se deparam com um complexo conjunto de sensações físicas associadas a processos mentais com os quais mesmo os adultos têm dificuldade de lidar.
Assim, é natural pensar em como ajudar suas crianças ou adolescentes a se prepararem para esses desafios da vida que devem fazer parte de seus futuros. A inteligência emocional é uma importante aliada nesse sentido, ainda mais por ser passível de aprimoramento.
Para auxiliar seu filho a desenvolvê-la, uma combinação de autoconhecimento com autogestão necessita ser estimulada, levando à tomada de decisão responsável. Descubra como apoiar essa evolução!
Comece pela identificação e expressão das sensações
Tanto emoções quanto sentimentos precisam ser identificados e expressos para que a inteligência emocional se desenvolva. Os pais contribuem nesse processo durante toda a vida dos filhos, conversando sobre o que cada sensação representa, explicando conceitos e exemplificando.
O diálogo franco é a base dessa comunicação. Para trabalhá-lo, você pode fazer uso desde situações práticas ou hipotéticas até atividades lúdicas. Eles servirão também como meios de redirecionar o foco para algo positivo diante de momentos desafiadores.
Oriente e pratique formas saudáveis de elaborar o que é sentido
Entender o que a criança ou adolescente sente e ajudá-lo a compreender a si mesmo é só o passo inicial na jornada da inteligência emocional. Exemplos e orientações sobre como agir em situações difíceis devem seguir a identificação das sensações. Essas são as bases para proporcionar autonomia e segurança para seu filho lidar com momentos desagradáveis, principalmente durante a convivência com outras pessoas.
Demonstre empatia e respeito pelo que seu filho está sentindo
Segurança e autoestima são elementos básicos para que qualquer pessoa possa se posicionar de forma assertiva, agindo com ética e sem precisar ignorar o próprio bem-estar mental.
Ambos começam a ser construídos na relação com familiares, em especial com os pais. Para as crianças e os adolescentes se desenvolverem, atingindo tal nível de autoconfiança, as atitudes desse núcleo são fundamentais.
A empatia, o respeito, o acolhimento e a aceitação com o que expressam mostra para elas que suas emoções ou seus sentimentos são válidos. Isso permite que haja resiliência diante de sensações desagradáveis e foco em superá-las.
Compreender a diferença entre emoção e sentimento é o passo inicial de uma jornada que oportuniza entender tanto a si quanto aos demais. Nesse caminho, os pais são referências nas quais os filhos se guiam. Portanto, as famílias conseguem apoiar o desenvolvimento da inteligência emocional dos filhos.
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