5 cuidados que você precisa ter com a criança no computador

5 cuidados que você precisa ter com a criança no computador

Nos últimos anos, a tecnologia entrou mais intensamente no cotidiano infantil e ver crianças no computador passou a ser uma cena ainda mais comum. A pandemia fez com que elas precisassem fazer uso de equipamentos eletrônicos para momentos de lazer, para assistir às aulas e para manter contato com outros parentes e amigos.

Mas, mesmo antes da quarentena, o uso de dispositivos tecnológicos por crianças já era uma preocupação dos seus responsáveis, das escolas e de especialistas. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por exemplo, publica, desde 2016, o Manual de Orientação #MenosTela #Mais saúde.

Pensando em todo esse cenário, como garantir que a relação da criança com computadores e smartphones seja saudável? Confira!

Por que é importante controlar o tempo de uma criança na frente do computador ou smartphone?

O controle do tempo de tela para crianças é muito importante em vários aspectos: cognitivos, socioemocionais ou relacionados à saúde física.

O excesso de tela pode causar problemas na visão, audição, além de transtornos posturais e musculares, isso devido à luz dos dispositivos próxima do rosto, ao som alto e à má postura que a criança pode adotar de forma inconsciente.

A saúde mental também pode ser prejudicada pelo uso excessivo de telas por crianças e adolescentes. O conteúdo disponível na internet e em jogos, por exemplo, pode estimular comportamentos agressivos, comparações com padrões de beleza, objetificação do corpo, fuga da realidade etc.

Sedentarismo, isolamento, transtornos do sono, déficit de atenção, irritabilidade são outros efeitos que podem prejudicar as relações da criança com a família e a sociedade, assim como seus avanços nos estudos. Vale lembrar, no entanto, que computadores e telefones celulares, quando bem usados, podem ser ferramentas de apoio à socialização e desenvolvimento estudantil.

Quais os principais cuidados para garantir que a criança faça um uso saudável das telas?

A criança no computador, seja para estudos, seja para diversão, é um assunto que causa grande reflexão: ela precisa aprender seu uso, pois as tecnologias estarão, cada vez mais, inseridas em seus cotidianos. Todavia, o excesso pode prejudicar sua saúde mental, física e os relacionamentos, não é mesmo? Então, vejamos alguns cuidados.

1. Definir um limite de tempo de uso do computador

A SBP recomenda um tempo determinado de uso de computadores, smartphones, games e televisão para cada faixa etária e esse pode ser o ponto de partida para organizar a relação das crianças e tais tecnologias.

Sabendo o tempo máximo permitido para cada idade, os responsáveis podem determinar como e quando acontecerá o uso do computador e outras telas. É possível escolher datas e horários diários, intercalar dias e dispositivos, por exemplo.

2. Estimular outras atividades offline

Além da determinação do tempo de tela, o estímulo às outras atividades físicas e sociais são muito importantes. Vale tanto para a prática de esportes coletivos, como passeios com amigos e familiares.

O reforço da importância e do prazer que atividades presenciais podem proporcionar é uma forma de garantir que a criança vivencie a realidade e não fique dependente de cenários virtuais.

3. Ter um diálogo honesto e aberto

Conversas são sempre necessárias, e para que a criança compreenda o que é um uso saudável do computador, vale envolvê-la na organização da sua rotina. Quando será o tempo de estudo, leitura, brincadeiras, atividades físicas, socialização e das telas.

Também é valioso trazer para o diálogo questões sobre o conteúdo que as redes sociais, jogos, dentre outros, podem trazer para suas vivências. Isso vai ajudar a construir um senso crítico importante para que as crianças entendam que: nem tudo que se vê na internet deve ser replicado na vida.

4. Ensinar a criança sobre links maliciosos e informações compartilhadas na internet

Outro aspecto importante no controle da criança no computador é o alerta sobre links maliciosos que não devem ser acessados para evitar o sequestro de dados. Exemplificar, com casos recentes e de forma apropriada para a idade do pequeno, ajuda a explicar os danos que isso pode causar.

O que compartilhar nas redes sociais também precisa ser ensinado. Fotos com uniformes da escola, marcações do local que frequenta e demais informações pessoais devem ser evitadas, e preferencialmente, os perfis devem ser restritos.

Além disso, as conversas com outras pessoas também precisam ser monitoradas. Nunca marcar encontros ou expor a vida pessoal para desconhecidos são pontos de segurança, assim como ser educado e empático na internet, para não fazer ou ser alvo de cyberbullying.

5. Monitorar os sites acessados

Também é valioso fazer o controle de quais sites são acessados pelas crianças nos computadores. Alguns sites como o YouTube oferecem filtros que limitam o acesso de menores de idade a conteúdos inapropriados, mas essa não deve ser a única forma de controle.

Os responsáveis podem consultar o histórico de acessos para verificar se o conteúdo está de acordo com a idade da criança. Assim como no caso das televisões, também é possível acompanhar as crianças durante os acessos. Percebendo o acesso a algum conteúdo que não é indicado, é possível orientar sobre a interrupção e, inclusive, explicar os motivos de tal atitude.

Qual o tempo de tela recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)?

O tempo de tela para uma criança corresponde às horas de exposição a qualquer tipo de tela, incluindo celulares, televisões, games, tablets e computadores. Portanto, é preciso somar todos esses recursos e administrar as horas de uso de acordo com cada idade. Dessa forma, temos:

  • menores de 2 anos: evitar a exposição às telas, mesmo que de forma passiva;
  • entre 2 e 5 anos: no máximo uma hora por dia, desde que acompanhada pessoalmente por seus responsáveis;
  • entre 6 e 10 anos: no máximo duas horas por dia, com supervisão dos responsáveis;
  • entre 11 e 18 anos: no máximo 3 horas, com supervisão de um responsável.

Com essas dicas, as chances de uma criança desenvolver dependência de tecnologias, enfrentar inseguranças emocionais e até ter uma vida menos saudável e ativa diminuem bastante. A ideia é que a criança no computador saiba usá-lo de forma saudável e que essa tecnologia só ajude em seu desenvolvimento.

Se seus responsáveis viram o surgimento dos computadores domésticos, as crianças atuais nasceram com uma oferta e acessibilidade muito maiores. É preciso, portanto, prepará-los para um futuro ainda mais repleto de opções de tecnologias e desafios do bom uso delas.

Conhece alguma família que esteja vivendo esse dilema e precisa de algumas dicas para gerenciar uma criança no computador ou smartphone? Compartilhe este conteúdo em suas redes sociais, marque contatos que precisam ler e coloque suas percepções. A discussão pode ser ainda mais enriquecedora!

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